HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA PORTUGUESA
HISTÓRIA DA FRP
FUNDAÇÃO ROTÁRIA PORTUGUESA
Instituição Particular de Solidariedade Social
Membro Honorário da Ordem de Mérito
Pode dizer-se que a Fundação Portuguesa, tal como hoje a entendemos, nasceu para a acção no dia 19 de Abril de 1959, data em que pela primeira vez reuniu após a aprovação oficial dos Estatutos, o seu Conselho de Administração. Até esse momento houve que realizar, é certo, um trabalho melindroso e difícil, ignorado ou esquecido de muitos de nós, vencendo resistências, aplanando dificuldades,
congregando boas vontades, aproximando pontos de vista divergentes, preparando, enfim, o meio rotário português para devotar-se a um trabalho que transcendendo os limites estreitos que estão directamente sob a esfera de acção de cada Clube, se alargasse a todo o Distrito e, eventualmente, a todo o território nacional. Não será descabido, e é de justiça, recordar aqui o modo como a Fundação nasceu ao menos,
para nos arreigarmos na convicção de que normalmente as grandes concepções não surgem repentinamente no espírito de um só homem, mas resultam quase sempre da cooperação de muitos, de uma síntese feliz e oportuna que responde aos interesses e desejos de todos.
É geralmente sabido que o objectivo de Rotary se desenvolve e realiza segundo quatro direcções concorrentes num ponto que é o Ideal de Servir. Estas quatro maneiras de actuar encontram-se concretizadas nas quatro grandes comissões dos Clubes: Serviços Internos, Serviços Profissionais, Serviços à Comunidade e Serviços Internacionais. Sendo um Clube Rotário uma Associação de profissionais de actividades diferentes – e nisso está a sua singularidade – é natural que se dedique ao trabalho de todos estes aspectos, mas é através dos Serviços à Comunidade que o Clube se projecta no meio em que se constituiu e é, em geral, por estes serviços, que o Clube se impõe e ganha prestígio, podendo depois desenvolver mais facilmente a sua actividade nos outros campos de acção.
Eurico Branco Ribeiro, o esplêndido doutrinador do R. Clube de S. Paulo, exprimiu-se assim: “Quando se constitui um Clube Rotário, e uma vez sabido que ele não é uma simples reunião de homens para uma agradável e selecta convivência à volta de uma mesa, mas essencialmente, uma sociedade de serviço que procura congregar homens dispostos a estimular e fomentar o ideal de servir, a primeira ideia que ocorre é fazer alguma coisa em prol da Comunidade, e logo vem a sugestão de se realizar uma obra em favor dos doentes e desamparados.
Daí ter nascido o erróneo conceito de que um Rotary Clube é uma associação de caridade, principalmente em cidades pequenas onde são poucos os recursos dos poderes públicos e onde muitas associações assistências têm que viver à custa das caridosas contribuições das entidades privadas”.
Não espanta, por isso, que Ferreira da Silva, então Secretário do R.C. do Porto, na reunião de 8 de Novembro de 1954, tenha solicitado a consideração dos seus companheiros para a possibilidade de orientar os serviços de interesse público do Clube num sentido mais amplo e eficiente, em ordem a marcar e a tornar conhecida na cidade a acção filantrópica do Clube, pela materialização de uma obra perpétua, de utilidade e de valor social, que atestasse aos vindouros a sua existência e projectasse a essência e a beleza do ideal Rotário, propondo-lhes a constituição de uma fundação, no R.C do Porto, que teria “entre outros, como objectivo imediato a construção de um Bairro Rotário” para famílias necessitadas. Esta iniciativa, em certas passagens da proposta referida parece deixar transparecer ter sido inspirada pelo facto de o Rotary Clube de Lisboa ter anteriormente oferecido duas casas para a obra do Padre Américo, era já a manifestação da necessidade de eternizar um ideal por “qualquer coisa” que se projectasse para além do transitório e possuísse alcance social incontestável. Mas era ainda, como Instituição de Caridade procurando dar um lar aos desprotegidos, que o Clube do Porto se propunha agir.
Com a adesão que, pouco depois, o R.C. de Braga deu a tal iniciativa, adquiriu ela uma outra dimensão: a da sua generalização à comunidade rotária distrital. Não se tratava já de uma obra local, que procura tornar-se conhecida numa cidade, a obra de um Clube ou mesmo de uma direcção, mas a de uma iniciativa cuja responsabilidades e louvores seriam repartidos por todo o território do Distrito 65. Esta perspectiva de alargamento de âmbito parece ter sido decisiva para o êxito futuro da Fundação, porque ela marca, um momento de profunda integração do ideal rotário que é por natureza universal, procurando ligar homens de todas as condições por um objectivo comum de convivência em Paz, independentemente da sua raça, da sua nacionalidade, da sua religião ou da sua política.
E foi de tal modo assim que, ao efectuar-se em Janeiro de 1954, no Buçaco, uma reunião da Comissão Distrital para a Comemoração do Cinquentenário de Rotary Internacional, a que presidiu o Past-Governador Domingos Ferreira, e à qual assistiu o então Governador Salazar Leite, se torna como ideia fundamental das Comemorações ” a criação de uma aldeia Rotária” em Portugal para a consecução do que se congregam, não já apenas os dois Clubes pioneiros, mas a totalidade dos delegados dos Clubes ali representados.
É então que, ao esboçarem-se as grandes linhas da Instituição com que se sonhava, se fala pela primeira vez em “Fundação Rotária Portuguesa” pois a ideia tinha já adquirido a “universalidade” que poderia emprestar-lhe o Distrito 65. Era porém evidente que, mau grado a boa vontade de cada um, o Distrito como um todo, não estava ainda preparado, como era necessário, para uma acção comum. Os desejos dos iluminados pelo fogo sagrado caminhavam mais depressa que as desconfianças dos cépticos ou a reflexão dos prudentes. Por isso, quando a 20 de Março de 1955, reúne de novo, em Coimbra, a Comissão Distrital para as Comemorações do Jubileu do Rotary, o seu Presidente, depois de ter consultado vários clubes, e na presença dos seus delegados, é forçado a concluir ” que apesar de toda a boa vontade não é viável para já a criação da Fundação Rotária Portuguesa porque surgem dificuldades de momento insuperáveis ” ficando pois cada Clube” com a faculdade de orientar a sua acção assistencial como melhor lhe aprouver” mas aguardando-se o momento de vir a concretizar a ideia quando as circunstâncias o permitirem.
Era um retrocesso ou pelo, menos, uma paragem porém, devida menos às circunstâncias adversas que se invocaram, do que à circunstância de faltar à iniciativa generosa um elemento essencial o qual era a incapacidade da Fundação no seu conceito primitivo, para projectar-se no futuro como monumento actuante e vivo, do ideal rotário; um “Bairro Rotário”, uma “Aldeia Rotária” por muito bela que se construa, por muitas famílias que comporte, por muitas inclemências que abrigue, até por muito, “lar” que seja, tem sempre qualquer coisa de estático, mesmo fechado, que se situa aqui ou ali, mas que se não multiplica em vivências, nem desdobra em realizações.
O elemento que faltava à ideia generosa deram-lha, quase simultaneamente, o então Governador Salazar Leite e o Past-Presidente do R.C do Porto Joaquim Teixeira Barroca. Na verdade, Salazar Leite logo na reunião de Coimbra, e dada a impossibilidade de erguer uma “Aldeia Rotária”, sugeriu à Assembleia de Delegados, a criação de uma Bolsa de Estudos, como carácter permanente, concedida pelo Rotary português, a ser oferecida todos os anos a um aluno distinto, que dela carecesse para a conclusão do seu curso, ideai que logo foi decididamente apoiado pelos delegados presentes que ficaram de apresentar aos seus Clubes.
Foi porém no Clube do Porto que a sugestão tem imediato e mais vivo reflexo, alargando-se e completando-se, pois que Teixeira Barroca, ao dar o seu entusiástico apoio à proposta do Governador, logo anunciou ter preparada para apresentar à IX Conferência do Distrito a reunir na Figueira da Foz, uma tese – que posteriormente leu, intitulada “Ajudemos a Juventude Escolar” – e que é o documento onde, pela primeira vez, aparece delineada uma Instituição, na qual todos podemos reconhecer – e o próprio autor lhe chamou assim – a nossa Fundação Rotária Portuguesa. É certo que o problema da Juventude andava no espírito dos rotários de Portugal e nela se pensava, sempre que se encarava a hipótese de perpetuar por uma obra de alto sentido humano, o ideal do Rotary.
Os Clubes auxiliavam como podiam, ou premiavam segundo os méritos dos jovens e as próprias disponibilidades, os estudantes necessitados ou distintos e nas Conferências de Distrito diversas teses, entre as quais as apresentadas por Bernardo Cariá à VII, e por Nascimento de Almeida à IX, tinham tratado de aspectos diversos deste serviço à Comunidade.
“perpetuar por uma obra de alto sentido humano, o ideal do Rotary“
Mas, ao ler-se o referido trabalho de Teixeira Barroca, e o discurso que pronunciou no seu Clube em 18 de Abril de 1958, encontram-se neles indelevelmente marcados e bem vivos, ao lado de um são idealismo e de uma férrea vontade de acção, a convicção firme e decidida, de quem encontrou o seu caminho. Foi recebida e aplaudida na conferência de Distrito da Figueira da Foz por todos os companheiros, a tese do companheiro Barroca. Porém, alguns delegados manifestaram apreensões quando às possibilidades da sua realização prática imediata em virtude dos sacrifícios económicos que exigia sugerindo, por isso, que fosse remetida aos clubes para se pronunciarem.
Os companheiros do Porto e por iniciativa de Ferreira da Silva, então à frente dos destinos do Clube, criaram e mantiveram a partir do ano de 1955-56 no R. Clube do Porto uma Fundação do auxílio à Juventude escolar necessitada, para a qual o seu Presidente elaborou os Estatutos e Regulamentos, obtendo dos seus companheiros os meios materiais para lhe assegurar a existência. A criação desta instituição no R. C. do Porto parecerá um retrocesso na caminhada para conseguir erguer uma obra que interesse a todos os Clubes do Distrito.
Era um particularismo que se exacerbava, mais uma dificuldade com que haveria que contar, pois quando chegasse o momento de estruturar uma Fundação do Distrito haveria não já apenas de construir do nada, mas de absorver uma instituição que, a esse momento, teria já algumas tradições e, certamente, bons serviços prestados e à qual mesmo sem quererem, os elementos do Clube que criara se teriam afeiçoado. Tudo isso é exacto, mas haveria também a possibilidade de poder aproveitar-se a experiência daqueles novos companheiros para marchar com mais segurança.
Por isso, o passo atrás que o Distrito então deu – se é que o deu – foi apenas para tomar balanço, foi o momento necessário para adquirir consciência para realizar mais firmemente a obra que cada vez se tomava mais urgente e que se afirmava no espírito de todos, com maior clareza. Para essa consciencialização, terá ainda contribuído o trabalho que Ferreira da Silva apresentou à X Conferência do Distrito, realizada nas Caldas da Rainha em Maio de 1956, em que, naturalmente satisfeito com o trabalho que estava a realizar-se no seu Clube, chamou a atenção para a necessidade de dar cumprimento às decisões da IX Conferência que aprovaram a constituição de um organismo que ao nível do Distrito orientasse o auxílio à Juventude.
Pode dizer-se que a Fundação Portuguesa, tal como hoje a entendemos, nasceu para a acção no dia 19 de Abril de 1959, data em que pela primeira vez reuniu após a aprovação oficial dos Estatutos, o seu Conselho de Administração. Até esse momento houve que realizar, é certo, um trabalho melindroso e difícil, ignorado ou esquecido de muitos de nós, vencendo resistências, aplanando dificuldades, congregando boas vontades, aproximando pontos de vista divergentes, preparando, enfim, o meio rotário português para devotar-se a um trabalho que transcendendo os limites estreitos que estão directamente sob a esfera de acção de cada Clube, se alargasse a todo o Distrito e, eventualmente, a todo o território nacional. Não será descabido, e é de justiça, recordar aqui o modo como a Fundação nasceu ao menos, para nos arreigarmos na convicção de que normalmente as grandes concepções não surgem repentinamente no espírito de um só homem, mas resultam quase sempre da cooperação de muitos, de uma síntese feliz e oportuna que responde aos interesses e desejos de todos.
É geralmente sabido que o objectivo de Rotary se desenvolve e realiza segundo quatro direcções concorrentes num ponto que é o Ideal de Servir. Estas quatro maneiras de actuar encontram-se concretizadas nas quatro grandes comissões dos Clubes: Serviços Internos, Serviços Profissionais, Serviços à Comunidade e Serviços Internacionais. Sendo um Clube Rotário uma Associação de profissionais de actividades diferentes – e nisso está a sua singularidade – é natural que se dedique ao trabalho de todos estes aspectos, mas é através dos Serviços à Comunidade que o Clube se projecta no meio em que se constituiu e é, em geral, por estes serviços, que o Clube se impõe e ganha prestígio, podendo depois desenvolver mais facilmente a sua actividade nos outros campos de acção.
Não espanta, por isso, que Ferreira da Silva, então Secretário do R.C. do Porto, na reunião de 8 de Novembro de 1954, tenha solicitado a consideração dos seus companheiros para a possibilidade de orientar os serviços de interesse público do Clube num sentido mais amplo e eficiente, em ordem a marcar e a tornar conhecida na cidade a acção filantrópica do Clube, pela materialização de uma obra perpétua, de utilidade e de valor social, que atestasse aos vindouros a sua existência e projectasse a essência e a beleza do ideal Rotário, propondo-lhes a constituição de uma fundação, no R.C do Porto, que teria “entre outros, como objectivo imediato a construção de um Bairro Rotário” para famílias necessitadas. Esta iniciativa, em certas passagens da proposta referida parece deixar transparecer ter sido inspirada pelo facto de o Rotary Clube de Lisboa ter anteriormente oferecido duas casas para a obra do Padre Américo, era já a manifestação da necessidade de eternizar um ideal por “qualquer coisa” que se projectasse para além do transitório e possuísse alcance social incontestável. Mas era ainda, como Instituição de Caridade procurando dar um lar aos desprotegidos, que o Clube do Porto se propunha agir.
É então que, ao esboçarem-se as grandes linhas da Instituição com que se sonhava, se fala pela primeira vez em “Fundação Rotária Portuguesa” pois a ideia tinha já adquirido a “universalidade” que poderia emprestar-lhe o Distrito 65. Era porém evidente que, mau grado a boa vontade de cada um, o Distrito como um todo, não estava ainda preparado, como era necessário, para uma acção comum. Os desejos dos iluminados pelo fogo sagrado caminhavam mais depressa que as desconfianças dos cépticos ou a reflexão dos prudentes. Por isso, quando a 20 de Março de 1955, reúne de novo, em Coimbra, a Comissão Distrital para as Comemorações do Jubileu do Rotary, o seu Presidente, depois de ter consultado vários clubes, e na presença dos seus delegados, é forçado a concluir ” que apesar de toda a boa vontade não é viável para já a criação da Fundação Rotária Portuguesa porque surgem dificuldades de momento insuperáveis ” ficando pois cada Clube” com a faculdade de orientar a sua acção assistencial como melhor lhe aprouver” mas aguardando-se o momento de vir a concretizar a ideia quando as circunstâncias o permitirem.
O elemento que faltava à ideia generosa deram-lha, quase simultaneamente, o então Governador Salazar Leite e o Past-Presidente do R.C do Porto Joaquim Teixeira Barroca. Na verdade, Salazar Leite logo na reunião de Coimbra, e dada a impossibilidade de erguer uma “Aldeia Rotária”, sugeriu à Assembleia de Delegados, a criação de uma Bolsa de Estudos, como carácter permanente, concedida pelo Rotary português, a ser oferecida todos os anos a um aluno distinto, que dela carecesse para a conclusão do seu curso, ideai que logo foi decididamente apoiado pelos delegados presentes que ficaram de apresentar aos seus Clubes.
Foi porém no Clube do Porto que a sugestão tem imediato e mais vivo reflexo, alargando-se e completando-se, pois que Teixeira Barroca, ao dar o seu entusiástico apoio à proposta do Governador, logo anunciou ter preparada para apresentar à IX Conferência do Distrito a reunir na Figueira da Foz, uma tese – que posteriormente leu, intitulada “Ajudemos a Juventude Escolar” – e que é o documento onde, pela primeira vez, aparece delineada uma Instituição, na qual todos podemos reconhecer – e o próprio autor lhe chamou assim – a nossa Fundação Rotária Portuguesa. É certo que o problema da Juventude andava no espírito dos rotários de Portugal e nela se pensava, sempre que se encarava a hipótese de perpetuar por uma obra de alto sentido humano, o ideal do Rotary.
Os Clubes auxiliavam como podiam, ou premiavam segundo os méritos dos jovens e as próprias disponibilidades, os estudantes necessitados ou distintos e nas Conferências de Distrito diversas teses, entre as quais as apresentadas por Bernardo Cariá à VII, e por Nascimento de Almeida à IX, tinham tratado de aspectos diversos deste serviço à Comunidade.
“perpetuar por uma obra de alto sentido humano, o ideal do Rotary“
Mas, ao ler-se o referido trabalho de Teixeira Barroca, e o discurso que pronunciou no seu Clube em 18 de Abril de 1958, encontram-se neles indelevelmente marcados e bem vivos, ao lado de um são idealismo e de uma férrea vontade de acção, a convicção firme e decidida, de quem encontrou o seu caminho. Foi recebida e aplaudida na conferência de Distrito da Figueira da Foz por todos os companheiros, a tese do companheiro Barroca. Porém, alguns delegados manifestaram apreensões quando às possibilidades da sua realização prática imediata em virtude dos sacrifícios económicos que exigia sugerindo, por isso, que fosse remetida aos clubes para se pronunciarem.
Os companheiros do Porto e por iniciativa de Ferreira da Silva, então à frente dos destinos do Clube, criaram e mantiveram a partir do ano de 1955-56 no R. Clube do Porto uma Fundação do auxílio à Juventude escolar necessitada, para a qual o seu Presidente elaborou os Estatutos e Regulamentos, obtendo dos seus companheiros os meios materiais para lhe assegurar a existência. A criação desta instituição no R. C. do Porto parecerá um retrocesso na caminhada para conseguir erguer uma obra que interesse a todos os Clubes do Distrito.
Era um particularismo que se exacerbava, mais uma dificuldade com que haveria que contar, pois quando chegasse o momento de estruturar uma Fundação do Distrito haveria não já apenas de construir do nada, mas de absorver uma instituição que, a esse momento, teria já algumas tradições e, certamente, bons serviços prestados e à qual mesmo sem quererem, os elementos do Clube que criara se teriam afeiçoado. Tudo isso é exacto, mas haveria também a possibilidade de poder aproveitar-se a experiência daqueles novos companheiros para marchar com mais segurança.
Por isso, o passo atrás que o Distrito então deu – se é que o deu – foi apenas para tomar balanço, foi o momento necessário para adquirir consciência para realizar mais firmemente a obra que cada vez se tomava mais urgente e que se afirmava no espírito de todos, com maior clareza. Para essa consciencialização, terá ainda contribuído o trabalho que Ferreira da Silva apresentou à X Conferência do Distrito, realizada nas Caldas da Rainha em Maio de 1956, em que, naturalmente satisfeito com o trabalho que estava a realizar-se no seu Clube, chamou a atenção para a necessidade de dar cumprimento às decisões da IX Conferência que aprovaram a constituição de um organismo que ao nível do Distrito orientasse o auxílio à Juventude.